Os tratamentos de reprodução assistida representam um desafio para os casais que precisam se submeter a eles no intuito de realizar o sonho da maternidade/paternidade. (MARQUES; MORAIS, 2018). O resultado de revisão da literatura realizada por Martínez-Pampliega ​et​ ​al​. (2019) sugere alguns efeitos dos tratamentos na vida dos casais, como problemas de comunicação entre o casal relacionados aos sentimentos desencadeados pelo tratamento, tais como:

• Ansiedade quanto à continuidade da relação;
• Dificuldade em verbalizar os sentimentos experienciados durante o processo, podendo levar a um isolamento social;
• Dificuldade do casal em manter relações sexuais, uma vez que essas relações deveriam estar relacionadas à tarefa de ter um filho.

Além disso, no que se refere à forma como os tratamentos de reprodução assistida podem influenciar a vida dos casais, as evidências apontam para a capacidade de alguns superarem as dificuldades, com o desenvolvimento de habilidades que auxiliam no manejo do tratamento, e de se unirem ainda mais durante o processo de ovodoação. No entanto, outros casais não aguentam a complexidade dos sentimentos experienciados durante os longos e desgastantes tratamentos de Fertilização ​in​ ​Vitro​, acarretando desistência e culminando na separação do casal. (MARTÍNEZ-PAMPLIEGA ​et al.​, 2019).

Além disso, no estudo de Martínez-Pampliega ​et​ ​al.​ (2019), pode-se perceber que, algumas vezes, os bebês gerados a partir de técnicas de reprodução assistida são tratados pelos pais com mais zelo e cuidado, por estes os considerarem mais frágeis que os demais.